Escrever

Escrever é alar-se aos confins dos sentimentos

Cada verso, estrofe, rima, são os vívidos momentos

Uma paixão inebriante em tecer pedaços de mim

Um amor formoso em doar-me ao que lê

A poesia corre nas veias, de formas e cores distintas

Me carrega a beira-mar, inspirando, me entoando canções

Tudo que vê, tudo que fala, tudo que sente, é poesia

Se estou na janela do ônibus, o vento com toque acarinhado me empresta o inspirar

Se vejo alguém caminhando, já penso em ortografar...

Escrevo aos amantes, de jóias feito o amor

De flores feito o esplendor

De devaneios à realidade.

A sensível visão do poeta

Aquela onde ele vê o que às vezes não sente

Um acalentado de letras nos confortam

Nadamos no céu, andamos sobre rios, falamos ardor, fervor e um tanto de dor

Exalamos no escrever o cheiro do que está ali

Damos sentidos e ressentidos

Estreitamos as distâncias

Rasuramos os muros sociais

Desenhamos nas críticas e pintamos as cores que nos vêem

Bailamos com o leitor uma salsa e merengue

E musicalizamos as trilhas sonoras da vida...

Escrever é ir além do limite

Construir castelos, cultivar amores, florescer jardins, acariciar as dores

É dar-se ao leitor um trecho feliz

É emprestar utopias

É colocar lágrimas em olhos secos

É rasgar o coração em aperto

É ouvir a cantilena de pássaros imaginários

É drapejar em estrelas

É viver para tocar almas

É granjear bons e ruins momentos

Essa é a arte de escrever!

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 06/03/2018
Reeditado em 06/03/2018
Código do texto: T6272141
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