Cores engolidas
Faiscas que iluminam um segundo
Desajustes da tinta com a cor do nada
Nada existe no buraco
Escuro que engole todas as cores...
Engole faminto do tanto que seja
Rejeitado pela maioria dos que respiram.
Sintonia desorganizada em fila
Com o critério inexistente.
Com o mistério impregnado
Na cor engolida.
Com as pinceladas
Grossas, nervosas
Duras
De quem clama ao tempo
E devolve a resposta pra ele
Em tom furta-cor
E traços assimetricos
E formas de tudo
Que cabe em seu mundo:
Iníquo.
Desregrado.
Hibrido.
Dissonante.
Incoerente.
Confuso.
Incompreendido
Por si e por todos.
Fiel.
Efêmero.
Digo por essa desmedida
Doação
Que gera um
Caos,
Sempre inteiro
Nunca completo