Pelo encontro se perdendo
Perco horas
Me perdendo
De mim..
Solta,
Sem grades, entraves e porém.
Me encontrando na
Fina manta que cobre
O leito de morte
Da sorte que nem por azar considerou..
Viver é o desespero
De quem ainda insiste
Em respirar.
Manter o corpo em pleno funcionamento
É a coragem extremista
De que ousa querer.
O tempo da vida castiga.
A vida nem do tempo é amiga
Veja lá de quem resiste em respirar..
Me perder da razão calculada dos sábios
E da fé de quem ignora as letras.
Me perder da função acumulativa de ter que permanecer..
Me afundando no abismo contido em mim.
Dadas as falácias de meia dúzia que diz entender sobre isto
Tapo os ouvidos para o grito.
Tapo os ouvido para o surdo movimento de saber mais.
Tapo os ouvido para o mundo e para mim.
Abro os meus olhos pro objetivo subjetivo, que permanece dançando
Numa tentativa incansável de parecer bonito.