Afrodite... fora do calendário.

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Afrodite suspirou fundo

e Deus eclodiu-se-lhe

pelo universo.

Extasiada, a Deusa

criou a Mulher

na ideia de humanizar Deus,

que andava a arvorar-se

em criativo.

Imagine-se:

num mero arrebatamento

surrealista, Ele

pôs-se a conceber o homem

de uma bosta de barro. (?!)

Uma paridela assaz delicada

e um resultado polémico

que se tentaria remediar

com uma nova concepção;

o de uma fêmea do anterior,

ideia que foi de ousada

a mitológica e de ideia

a protótipo de inseminação

e por uma única costela,

(o pedaço mais são)

do macho gerado antes.

Complacente para com Deus

Afrodite sorriu

e acendeu-se uma chama

nas novas criaturas

a remediar-lhes

a tremenda falta de graça.

Era a chama sublime

da sensibilidade

e a força do sangue

que corre perene

na primeira Mulher

e de resto essência

do génio único de Afrodite.

Era uma marca qualquer

com um X de inteligência

que, por ancestral,

se entendeu divina!

E no mesmo tempo

de se lerem estas linhas

arrasta-se por terra

um rumor tão indígena

como a noite dos tempos:

"Valha-nos Deus!".

...

Enfim!

Equívocos!

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_________________LuMe

e

Saravah Lyzzi !

Luis Melo
Enviado por Luis Melo em 09/03/2018
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