Afrodite... fora do calendário.
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Afrodite suspirou fundo
e Deus eclodiu-se-lhe
pelo universo.
Extasiada, a Deusa
criou a Mulher
na ideia de humanizar Deus,
que andava a arvorar-se
em criativo.
Imagine-se:
num mero arrebatamento
surrealista, Ele
pôs-se a conceber o homem
de uma bosta de barro. (?!)
Uma paridela assaz delicada
e um resultado polémico
que se tentaria remediar
com uma nova concepção;
o de uma fêmea do anterior,
ideia que foi de ousada
a mitológica e de ideia
a protótipo de inseminação
e por uma única costela,
(o pedaço mais são)
do macho gerado antes.
Complacente para com Deus
Afrodite sorriu
e acendeu-se uma chama
nas novas criaturas
a remediar-lhes
a tremenda falta de graça.
Era a chama sublime
da sensibilidade
e a força do sangue
que corre perene
na primeira Mulher
e de resto essência
do génio único de Afrodite.
Era uma marca qualquer
com um X de inteligência
que, por ancestral,
se entendeu divina!
E no mesmo tempo
de se lerem estas linhas
arrasta-se por terra
um rumor tão indígena
como a noite dos tempos:
"Valha-nos Deus!".
...
Enfim!
Equívocos!
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_________________LuMe
e
Saravah Lyzzi !