NÃO QUERO MAIS!

Não quero mais

falar, e... não resisto ao brado

que me sufoca e no qual m'entravo e minh'alma

crava de ânsia de gritar!

Não quero mais

poetar, e... m'esmagam os versos e a

melodia, a poesia, a sede do incesto

com os meus mais belos sonetos,

árias, odes e concertos!

Não quero mais

ouvir e não quero mais amar, e...

me pleto de cantos e brados de bardos

e lerdos amantes e de amor e mais amar

e... amar, e... amar, e amar...

Não quero mais... não querer!

Quero viver, quero morrer

quero-me ser!

São José, 23/02/2002 - 22:07h