ANJO CAÍDO
Se envolveu na arte manhas do ente
se deixou levar pelo impulso da vida
Se imaginou intimo, ao se misturar
a essência que emanava da boca
dessa mesma contradição.
Pela distração do seu humano foi traído
Tragado não resistiu aos encantos
Merecia ser salvo, mas não cabia ser santo...
- “Se ao menos fosse sua a verdade
fosse um avesso tudo isso
seguiria o seu deserto aceitando morrer
a cada dia”
Arrancou lhe as asas,
Um resíduo contido de algo insistia... mas,
Não, era apenas um ruindo aos ouvidos,
o liquido que a tempo o embebia era servido...
... entre uma e outras taças, a voz se arrastava
sobre os gumes estilhaçados por terra caiu
como pedra inerte, montanha a baixo
destroçando lhe cada milímetro...
“entronado,
seus almejos por seu rei atendido
flutuava por entre abraços e beijos surreais de brisa”
Por vez divergia destronado da majestade e nauseava...
Nauseou rios,
das entranhas o engodo da mediocridade
antiga e sonolenta contemplação. Cuspiu.
Selado no peito um alvo, lançou a flecha
Zapt certeiro.
Recolheu suas penas, acenou, pegou voo e partiu