Solidão
O tempo de viver não sabe onde vai se prender
Se ranger os hábitos em cantos escusos não poderemos estar lá, atendendo à todos
Tudo é possível, tudo é permitido
Vir e escutar a palavra que vibra sobre o mundo de nós mesmos
Rodar e correr é só checar a liberdade, meu amor
Nós podemos rever a nossa vida
Os sons que maculam mudam ao dia do despertar
Pescar a palavra que vive em mim é procurar a nudez impedida
Eu não atendo a mais nada que não seja você,
Você que me pede e me espera sem ter nada para dizer
Os ruídos já não são tão constrangedores, perto deles somos imbatíveis na nossa falência de fazer durar e que estigma de estar aqui!
Venha, eu quero o mesmo que qualquer pessoa pode querer e não tem coragem de assumir
É uma longa jornada para uma maritaca que tem muito a falar e pouco a sentir
Estou presa no firmamento do abandono e que a bordo do barco à deriva eu possa elevar a alma em júbilo
Bom trato, bom contrato, bom afeto, bom abraço
Beijo que no grave sobe um degrau e se assenta no desejo de revolução permanente. Isto é sofrer, isto é viver, isto é morrer, isto é novamente viver repetidas vezes até o até chegar e pôr o que não saberíamos dizer.