Quando o amor acaba

É o fim do amor!

O convívio, só essa

Tortura pujante

Vil e rotineira

Sob sete chaves,

Subsentimentos,

Cadeias de risos

Sonhos destinos

Extinto jardim

De amor e conto

Eis agora nesse

Bizarro inverso

Titânico outono

É o fim do amor!

Incrível rudeza

Contida e basta

Pede o amor

Por flores fúnebres,

O conto pede por

Botões lúdicos

Extinto jardim

De amor e conto

Ambos afogados

Na ambição cruzada

Já póstum'este amor

E parte da vida,

Outra parte esboça

Vontade viver

Mas, e as chaves?

Tal finado amor

Ainda aprisiona,

Ainda é tortura

O ponto crítico

Passado vazio

Inseguro futuro

Presente escuro

O nome no livro

Um (sim!) no altar

Entes, proles, leis

Corpo, teto, tudo

Extinto jardim

De amor e conto

Eis agora nesse

Bizarro inverso

E sob obnubilação

A mente florece

Um desejo único:

Fuga.

Jão Martins
Enviado por Jão Martins em 24/03/2018
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