Silêncio, uma árvore

É uma pena a poesia ser escrita com pena humana

Quisera eu, fosse minha escrita um barulho animal

Mais divina ainda seria, fosse ela um silêncio vegetal

Uma árvore cortada quieta pela navalha em serra

É feito deus orado sempre na prece em guerra

Oh angico, tua sombra foi meu descanso

Oh deus, teu abrigo o meu remanso

Quietos, sempre quietos...

Me calam sobre vazios

Calam sobre si

Fernão Bertã
Enviado por Fernão Bertã em 27/03/2018
Código do texto: T6292175
Classificação de conteúdo: seguro