SENHORA CONSCIÊNCIA

Deixa eu lhe confidenciar

Alguns minutos de prosa

que outros rumos terão as histórias

Da intimidade do ser sou senhora

não há de desvanecer,

quando bem sabes o que vigora...

As chuvas que banham as ruas

são as nuvens de outrora que choram

“Ontem era tu rainha da inversão,

súditos no divã,

uma alteza pendente das devidas glórias”

Hora memória!

Nem fazem assim tantas horas!

E há tantas de que nem se deu conta

foram embora, até dormiram os pirilampos

que alumiavam teus olhos...

“Não fosse eu memória”...

Dou-te essa rosa, arranque a vida do peito,

aí se deite que lá vem história.

Inspira, expiro te embalo agora

Pendure o quadro na parede,

arme firme a sua rede e se balance por hora ...

tic, tac, tic, tac...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 30/03/2018
Reeditado em 30/03/2018
Código do texto: T6295365
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