NOITE BRANCA

Na janela do horizonte,

Olhava o tapete estrelado

E sonhava com o amor...

De branco a noite se vestia,

E nas alturas a lua se mostrava pura.

Ao ver os enamorados andando pela rua,

De sua roupagem prateada se despia...

O clarão daquela noite iluminada

Formou uma cortina transparente

Para cobrir os amores atrevidos e indecentes...

A lua despiu-se por inteiro.

E com seu manto puro e imaculado

Cobriu os amores, discretos e verdadeiros...

Juras eternas foram feitas,

E promessas não foram cumpridas.

As montanhas e os vales estavam calmos,

Florestas e flores adormecidas.

Cândida e imaculada em sua pureza de magia,

Lá nas alturas a lua mostrava-se nua.

Até o profano, naquela noite branca, fez-se sagrado.

Coisa que não foi escrito nem nas profecias...

Do livro (Janela do Tempo

Autora Inês Carmelita Lohn

Inês Carmelita Lohn
Enviado por Inês Carmelita Lohn em 01/04/2018
Código do texto: T6297109
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