A platéia da vaia
Um dia ele percebeu
Que nem todo mundo estava ao seu lado
Quando era tempo de ouro, amigos ele tinha
Passado os anos, colecionador de "amizade "
Se deparou com consequências do destino
Aos poucos as máscaras foram caindo
Aos poucos os amigos diminuindo
Choro, dor, tristeza
Um prato cheio sobre a mesa
Daqueles que se movem pelo fracasso alheio
E agora, com tudo caindo no penhasco
Amargo ficou
Pelas inúmeras decepções da vida
As quedas não só ralavam sua pele
Mas o coração também
Hematomas na alma de tanto insistir
Em achar que o amor vinha de quem estava ali
Enganado estava...
Tentativas atrás de tentativas
E todos a sua volta
Esperavam mais uma vez ele tombar
Vaia, zombaria, povo grotesco, povo pobre de espírito
Ao invés de apoiar
Essa gentinha só queria mesmo era criticar
Assim é a vida, quando estamos lá por cima
A platéia bate palmas, um bando de lambe ego
Fajutos abraços e elogios
Porém, basta cairmos
Para esses pularem por cima
Povo ignóbil, povo sem escrúpulos
Estão por todos os lados
Estamos infestados de podridão
Na moita, atrás do muro, na esquina...
Cai pra você ver quem realmente são seus amiguinhos!