FOI NO BRILHO DO COPO

Que a soberbia se infiltrou

E a festa continua

Garrafas e garrafas sendo despojadas.

Da alegria iniciante surgindo o soberbo ser

Hora escondido, sarcástico!

E o assombro se apossa em virtudes desviadas.

Perdi os meus direitos, adormecida em algum canto

mesmo estou.

Olhos cegos enxergam!

O que?

Ouvidos surdos e velozes.

Delatam códigos!

Como?

Boca maldosa, espuma crendices

Com que velocidade sai-se no discurso

Jogos e trejeitos de corpo circulam

Energia veloz abrindo espaço

Vendo o fogo se expandir

É vida escondida, mascarada, adormecida

Que nós mesmos queremos esquecer.

Sendo sem ser, ser não sendo ser

Face oculta mesma.

Neste desfalecimento ao florescer o outro.

Neuza Ladeira
Enviado por Neuza Ladeira em 30/08/2007
Código do texto: T630241
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