O porvir
Eu rasgo a tristeza em pedaços que jamais irão juntar-se
E procuro qualquer sentimento que não faça sorrir
Para aproveitar e jogar em uma pilha de passado
Desisto de ver sorrisos onde as flores não nascem mais
Com ímpeto, eu digo: Chega!
Mato o litígio que vem sondando há tempos
Fujo das palavras de morte
Me escondo de textos que me jogam para o desfiladeiro do lamentar
Antes, as letras compunham a dor, elas formavam palavras de intenso desânimo
Mas nesse presente momento
Dou vida a carta que fiz para mim, desenho em minha mente o amor a vida
Paro com essa depressão, nada a ver comigo
A lástima é jogada no vaso, dou descarga
E assim faço uma leve e intensa revisão na minha estrada
Pois sei que nós seres humanos, somos especialistas em criar problemas
Sã, com sorriso na alma, dou um até nunca mais para tudo aquilo que um dia cultivou aqui...