Uma cidade qualquer

Céu nublado, cinza

Como o azul do mar

O vento sem fôlego

Toca flauta nas janelas

As árvores, como prédios

Coloridos, lado a lado

Enfeitam as ruas

Por onde os dias passeiam

O sol faz sombra

Com seus raios brancos

Da cor do mel

E as abelhas se orgulham

O mar desaba em gotas

Que pintam o chão

A sete cores

Insípidas, inodoras e incolores

Dois corvos pousam

Nas copas coloridas

Trazendo nas asas negras

As mil cores vivas da noite

O comboio exibe a cidade

Em suas janelas

Como um filme mudo

Que dança às gargalhadas

As pessoas tiram seus chapéus

O vento ainda toca

O sol já foi dormir

E a noite no pique todo

Os prédios já são gatos

E as janelas são seus olhos

Os cães ladram em coro

E o vento pára pra ouvir

Pedro Paz
Enviado por Pedro Paz em 08/04/2018
Código do texto: T6303169
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