O Décimo Terceiro Apóstolo

Andando em círculos/

Voltamos ao começo/

Homens e mulheres arrogantes/

Que deitam seus corpos como iguais/

Imorais, ferozes e desobedientes/

Cuja idolatria a cada gozo/

Multiplica-se na ânsia de identificar só o prazer/

Na ambição de ser o poder/

E assim vagam como escravos na escuridão da dor/

De um vazio eterno/

Que me faz verbar/

Querer que vós/

Quando me enxergardes/

Curveis o corpo em reverencia/

E chamem-me pela alcunha de rei/

Nesses termos tudo estará consumado/

Porém se houver outro enviado/

Andrajo das ruas/

Dizendo-se maior do que eu/

Mesmo que identifique aos cegos, o que está errado/

Acorrente-o e o atormente-o até o deleite da morte/

Desta feita/

Sem dó nem piedade/

Nessa cidade/

Manteremos-nos acesos/

Acima de qualquer camada/

Pisando a consciência/

Oferecendo a miséria para nos eternizar/

Pois é assim, que tudo funciona/