Bailando um Soneto

Urde um verso

Na teia do Poema

Lépido um outro

Segue a cena;

Urdindo o tear …

E são três na novena,

À espera do quarto

Que a rima ordena.

Num teor sentido

Um quinto aflora

E num ápice repetido

Um sexto se forma.

Ao sétimo, é preciso

As sílabas juntarem

Formando um oitavo

E um quarteto, torna.

Ao nono acresce

Um verso de amor

Dez sílabas, é o décimo

Vem o "onze" sorrateiro

E um terceto aparece

Vem o "doze" e reclama

Ficar só é péssimo:

Venha, o décimo terceiro!

Sem o décimo quarto

O soneto não tem fim…

De amor ou solidão

Ou de lânguida paixão

Heróicos de Camões,

Alexandrinos, de Assis;

Os sonetos são, Canção!

Estende-se na memória

De todo o que "O" canta

De alma que se alevanta,

Em chama e em Glória

Catorze versos, melodia,

Formam o tear da poesia

Onde o poeta com mestria

O soneto reverencia!

Cecília Rodrigues

Cecília Rodrigues
Enviado por Cecília Rodrigues em 30/08/2007
Código do texto: T631263
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