Sobre as marcas da história
As marcas que modelam minhas mãos
Não representam meu passado.
Que, ao ser visto no presente
Se consagra como memória para aquilo que pretendo construir
Ou esquecer nas aventuras de minha possível coragem.
Nas marcam que percorrem as retinas
De minhas virtudes
A luta, se manifesta como determinação
De meus desejos.
O suor que compõe os atalhos
De minhas mãos...
É que me resgata para poder continuar,
E acreditar nos mistérios que o futuro tem a me oferecer.
Mesmo sabendo que meus objetivos,
Podem não se tornar peças fundamentais
Para apagar as marcas do meu passado.
Ao olhar o alinhamento
Composto nas lágrimas de minhas mãos,
Pude compreender o que foi necessário fazer
Para poder chegar até aqui,
E seguir em frente rumo a um desconhecido desejo
De realizar aquilo que acreditava ser possível.
Quando me levantar,
E passar pelos obstáculos do dia
Saberei entender que, para ser noite
A tarde se refez quando
Acreditou estar perdida em seus próprios questionamentos.
Olhando para trás.
Consegui compreender
Que sem todas as armadilhas
E desavenças,
Não estaria pronto para compreender
O que representa as marcas configuradas em minhas mãos.
São nas marcas
Que a história e o tempo
Se alinham,
E sem elas
Nada estaria pronto para ser contado.
No que me aquece
Também pode me manter frio.
Posso ser tempestade no agora,
E superação no amanhã.
Na certeza viva
Que me preenche,
São as marcas que passeiam pelo percurso
De minha história.