Sobre as marcas da história

As marcas que modelam minhas mãos

Não representam meu passado.

Que, ao ser visto no presente

Se consagra como memória para aquilo que pretendo construir

Ou esquecer nas aventuras de minha possível coragem.

Nas marcam que percorrem as retinas

De minhas virtudes

A luta, se manifesta como determinação

De meus desejos.

O suor que compõe os atalhos

De minhas mãos...

É que me resgata para poder continuar,

E acreditar nos mistérios que o futuro tem a me oferecer.

Mesmo sabendo que meus objetivos,

Podem não se tornar peças fundamentais

Para apagar as marcas do meu passado.

Ao olhar o alinhamento

Composto nas lágrimas de minhas mãos,

Pude compreender o que foi necessário fazer

Para poder chegar até aqui,

E seguir em frente rumo a um desconhecido desejo

De realizar aquilo que acreditava ser possível.

Quando me levantar,

E passar pelos obstáculos do dia

Saberei entender que, para ser noite

A tarde se refez quando

Acreditou estar perdida em seus próprios questionamentos.

Olhando para trás.

Consegui compreender

Que sem todas as armadilhas

E desavenças,

Não estaria pronto para compreender

O que representa as marcas configuradas em minhas mãos.

São nas marcas

Que a história e o tempo

Se alinham,

E sem elas

Nada estaria pronto para ser contado.

No que me aquece

Também pode me manter frio.

Posso ser tempestade no agora,

E superação no amanhã.

Na certeza viva

Que me preenche,

São as marcas que passeiam pelo percurso

De minha história.

Hugo Paz
Enviado por Hugo Paz em 20/04/2018
Reeditado em 01/04/2019
Código do texto: T6314268
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