Fragmentos de dúvidas
Haverá pausa ou descanso?
O embuste será sazonal?
Posso eu esquecer-me do pranto?
A angústia me será fatal?
Há no mundo uma só solução?
Há final ou será sempre assim?
A tormenta encontra um pouso?
Só depende mesmo do meu sim?
Há remédio, chá ou magia
que me faça agir diferente?
É preciso telepatia?
O caminho é qual larva fervente?
As perguntas um dia se acabam?
Findarei essa torta labuta?
Serei eu o vazio cruel?
Forjarei uma nova conduta?
Será hoje ou futuro distante?
É aqui ou, quem sabe, no além?
E, no fim, saberei o destino?
Ou serei simplesmente refém?