Dar-te-ia Flores
Dar-te-ia flores, mas o velho motivo se foi,
Dar-te-ia amores e tão logo os descartaria
Dizer-te-ia então que não há o que se perdoe
Mostrar-te-ia as dores, e elas não entenderia
E de passo a passo de volta a linha de partida
Amar-te-ia, se algo de tão fatal não o fosse,
Odiar-te-ia se fosse preciso dar algo a você,
E lembrar-te-ia de quando era uma alma doce
Ser-te-ia um amigo, mas sou indiferente como vê,
Com tão pouco hoje a poder lhe oferecer
Plantar-lhe-ia minhas flores, a teu solo fortalecer,
Cantar-te-ia para que mais um momento ficasse,
Beijar-te-ia se lhe ajudasse a me esquecer,
Partir-me-ia pois teu peito não me é posse,
A finalmente entender nosso motivo de ser