Vida que segue

Eu derramei as lágrimas em potes de dores

Guardei cada sofrimento como se fossem rumores

O caos era uma cantoria sem fim

Cada pensamento era um estopim

Para cada passo que eu dava

Oitocentos eu regressava

Destroçado, desencorajado

Cansado, desiquilibrado

Juntei peças para inventar algozes

Rasurei palavras de vida

Ali, eu descobri que cada escolha

Me faria navegar em mares tempestuosos ou não

Embora, vezes ou outras, seria inevitável passar por desertos...

Passei a deixar as coisas fluírem naturalmente

Vida que segue!

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 07/05/2018
Código do texto: T6329368
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