Te conheço, mas não te entendo
Eu te reconheço na rua
Mas não sei quem é você
Não entendo os seus porquês
Se mal compreendo os meus
Consigo lembrar do seu rosto
Mas não vejo os seus pés
Não entendo a sua luta,
Se eu te conheço, eu deveria te entender
Mas é sempre assim,
Viver é mais interação do que entendimento
Sempre nos colocamos no lugar do outro
Mas raramente por dentro,
Somos alheios às outras angústias
Naturais damas, cavalheiros
Da indiscrição
Do desprezo
Da amargura
Eu tento ser menos
Este desleixado cavaleiro
E mais um príncipe
Do reino da culpa
Eu mereço, e você também
Todos nós deveríamos merecer
Esses centavos de empatia que damos uns aos outros
Como mendigos
Secretamente, esperando por amigos