O número par da regra de três
Eu sou tua menina,
tua louquinha,
tatuada meio que roqueira,
baixinha, porém de salto usando fantasia de Advogada.
Sou tua poeta, cantora, companheira e amiga.
É que sou tua parceira,
aquela que vai tomar porres contigo,
também aquela que vai puxar tua orelha
e junto te beijar nas tardes de domingo enquanto roças tua barba em meu pescoço.
Tu és minha paixão de, de repente, e agora?
Que desnorteou,
desconsertou,
arrepiou.
Lascou.
Tu és quem desejo ficar e viver esse agora,
és o cara nada sério que foi chato e louco,
sugeriu conhecer minha autenticidade numa quinta feira de maio,
e na primeira troca de olhares entre um abraço de "prazer em conhecer-te" ,
nada mais precisou ser dito ou feito.
Ei de confessar que o brilho de teus olhos verdes refletiu aos meus pequenos castanhos e os olhares encarregaram-se de falar por si.
Findou que no fim de um porre liztomaniaco,
encaixou como um número par perfeito em regras de três.
Tu és o romântico à moda antiga combinado ao meu.
Tu és o que tem o peito pra eu deitar,
que me traz paz, calmaria e calor.
Tu és o que tem pele, cheiro e toque.
Tu és o que tem o beijo quente que entrelaça ao meu formando um só.
Tu és o teimoso, insistente e maluco,
e que encantou-se pela minha nem tão boa,
e um tanto que insanidade com uma pitada de lucidez,
e sempre com um toque tanto doce e azedo.
E eis que posso aludir que há e houve a mesma reciprocidade maluca com tua loucura, de minha parte, sim; junto a tua também nem tão boa lucidez.
Em resumo: ainda meio cheia de "se" "será" e "medos",
tu és o que me tirou do eixo por um beijo de orelha roubado tomando um porre numa mesa de um bar rock and roll.
És o que conseguiste quebrar parte de meu coração gelado e apaixonar-me em dias nem tão coloridos e em tão poucos desses dias.
Sim, confesso que apesar de tanto usar em meus escritos,
não admiro no alfabeto a escrita "paixão", porém dele conseguiste tirar a mesma, e dar-me tão sutilmente e leve.
E que teus braços me aquecem,
e todo esse gelo combinato com uma tal chamada "marra",
derreta-se e me desgrude desse ceticismo sacana e torne-me talvez um tanto menos prolixa e cética.
E que assim seja.
Desejo que brote um amor puro, sincero, leal e companheiro acima de tudo.
Desejo sermos viajantes, nos amar, nos curtir,
pra , descobrir, pra viver, pra sentir e ser leve e pra ser "Wanderlust",
bem como tatuei na nuca.
Apenas quatro detalhes te tenho a aludir
como uma cláusula pétrea: não me despedace; não me decepcione, como diz a letra de John e Paul "don't let me down"; me faça te amar como me dissestes na tua amnésia alcoólica;
e ainda, se possível, realize todo o meu escrito a ti: o querer.
Quero e te quero.
Marinara Sena
22:04pm
14/05/18