Droga é morte

Viver?

Tampouco existir

Regressando em fracassos

Dores escondidas sob faces

Onde as lágrimas gritam

A boca que late, não diz nada...

Andam em esmo

Buscam apenas "remédios"

Em farmácias de dor, compram

Baseados, tecos, conhaque

Vazio que se expande a cada dia mais

Se entorpecem até de manhã pelas ruas sombrias

Vasculham lixos por latas

Trabalham por malditas migalhas

Refém do crack, da cocaina, da maconha

Caminham em gemidos apinhados de vergonha

Carregam tristeza a todo instante

Maltrapilho de gente que não entende

É tão fácil apontar

Sem ao menos saber, que essa infelicidade é difícil de curar

Desgraça social, pedem um real

Humilhação cruel, em léu, sarjeta fria

Esqueceram de ti, sua mãe, sua avó e sua tia

Viciado não tem valor

Se esvaiu tudo aquilo que se chamava pudor

Corpo fétido, roupa suja

Mente poluída, alma imunda

Dói ver um semelhante assim

Desprezado por parte de mim

De você e de todo mundo

Cansado, cheio de espírito ruim

A droga consome, mata e ainda sorri pra ti

Na rua, nas favelas, em becos e vielas

Vendem-se a morte

Dão supostos alívios em suporte

Vidas inteirar entregues a sorte...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 23/05/2018
Código do texto: T6344889
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