POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.

A noite

se apresenta,

a lua se declara,

ligo meu tear,

fios de mim

se revelam,

no ato único

de ti amar.

Sou agora,

memória de

um passado,

as portas que

me acessam

estão trancadas,

ainda habito

meus passos

na estrada,

rouco uivo que

me invade,

neste frio fim

de tarde.

A dor

ataca,fina

faca,

metal , verbo,

fantasia,

no dilúvio ,

no escárnio,

a pátria vai

se fundindo

a mim,

e a dor, enfim,

não deve ser só

minha.

Apertar,

pra que?

entre os vão

dos olhos você

me escapa,

como

aquela nuvem,

que acabei

de perder.

Tenho

minhas urgências,

o tempo

não me escapa,

careço dele

como um menino

carece do seio

para saciar-se,

dou

minhas risadas,

faço meu teatro,

dispo de mim,

como a noite

parindo a claridade

que decretará

o novo dia.

Riso, choro

dor,

passos, fé,

sobre

os ombros,

o andor desliza,

e nas pontas

dos dedos,

acessamos

a lonjura do céu.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 26/05/2018
Código do texto: T6347358
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