POEMINHAS PARA LER SEM PRETENSÕES.
A noite
se apresenta,
a lua se declara,
ligo meu tear,
fios de mim
se revelam,
no ato único
de ti amar.
Sou agora,
memória de
um passado,
as portas que
me acessam
estão trancadas,
ainda habito
meus passos
na estrada,
rouco uivo que
me invade,
neste frio fim
de tarde.
A dor
ataca,fina
faca,
metal , verbo,
fantasia,
no dilúvio ,
no escárnio,
a pátria vai
se fundindo
a mim,
e a dor, enfim,
não deve ser só
minha.
Apertar,
pra que?
entre os vão
dos olhos você
me escapa,
como
aquela nuvem,
que acabei
de perder.
Tenho
minhas urgências,
o tempo
não me escapa,
careço dele
como um menino
carece do seio
para saciar-se,
dou
minhas risadas,
faço meu teatro,
dispo de mim,
como a noite
parindo a claridade
que decretará
o novo dia.
Riso, choro
dor,
passos, fé,
sobre
os ombros,
o andor desliza,
e nas pontas
dos dedos,
acessamos
a lonjura do céu.