DespertaDOR

Acordei e dormi por inúmeras vezes

Fui e quase não voltei

Na rodoviária, um adeus

E aquela hora, o medo desembarcara

Crescia e morria a medida das perdas

E sofrer era tão comum como sorrir para fotos

Fingi não chorar, fingi que aquilo não era nada

Nos palcos da vida, as cortinas com pétalas secas se fecharam

Jardins sem cores, um céu triste sem azul

Mundo cru, dissabor, alguns vazios na minha cabeceira

Em utopias desenhadas em quadros sem paredes

Em poemas mascarados por faces que doíam, essas eram compradas em mercados sociais

As dores podem ser nutridas todo amanhecer

O DESPERTA DOR, são lembranças que insistimos em resgatar na nossa memória.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 29/05/2018
Código do texto: T6349987
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