Equívoco
Abri as cortinas do céu por um instante
Luz ofuscante me espairecendo a vista
Pedaço labiríntico de desejos
Ciência humana
Febril e doentio perante os espaços
Que dividem meu coração ao meio
Já nem existo
Outrora me chamaram pra brincar na rua
Guardei a chuva aqui dentro
Quem sabe amanhã faça sol
Alguns segredos a galope
Perderam-se em um tempo mórbido
Lapsos de dor aflorando a pele
Como se fossem fantasmas
Enquanto escrevo
O mundo lá fora é uma bolha
Esterco metafisico e volátil
Dia lamentável
Antes tivesse a consciência
Teria mantido esse céu fechado por mais tempo