Marginal

Manhã voraz, pensamentos vis

Chacoalhar de desespero

Vista cansada para a janela ao lado

Posso cantar à vida? Posso?

A felicidade escondida em migalhas

Já partiu

Fome de corpo e alma

E como de praxe a lua já sumiu de novo

Risos anônimos – Como cortes profundos

Me deixam hipocondríaco

Voz de lamúria, em meu ouvido gritam

(Marginal)

À margem da existência, retido em desertos

Sol escaldante de escuridão – Vida sofrida

(Eu sou)

Aos bens de espírito – Que alegres sensações

Os permeiam, em tato – Morto há dias

Faltou piedade, por fim

Uma sede insaciável de esperança me corrói

Wilde
Enviado por Wilde em 31/05/2018
Reeditado em 31/05/2018
Código do texto: T6351916
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