O lobo bobo

Um lobo solitário

Uiva para a lua...

Mas o seu itinerário

É a imensidão do vazio.

Ele sabe que jamais

Será sua a musa da noite.

Seu uivo não é um chamado,

É um lamento frio...

Para mim é mais...

Para mim é um açoite!

Para lua, o lobo é mais um,

Dentre milhares de outros.

O lobo é dominado.

A lua ri-se do lobo.

A musa ri-se do bobo

Poeta solitário...

O lobo bobo

Faz papel de

Otário!

Lobo solitário em desvario... Uiva louco, a chamar a lua. Mas ela? Nos olha com a sua candura e impenetrável indiferença. Coitado do lobo bobo. A lua, quando aparece, o deixa menos solitário. Mas sem ela, a escuridão da noite o envolve e esfria. Coitado do lobo bobo...

(Contribuição de Tereza Bodemer)

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 01/06/2018
Reeditado em 01/06/2018
Código do texto: T6352422
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