Quando o inverno chegar...
Sinto uma angústia no peito...
Estranho, quando arde o desejo
d' outro corpo na cama.
O amor deveria trazer consigo
os 19 pés.
Bento de sonhos!
Borbulhas cintilantes...
Ah, aquele gosto tonto!
Lembro-me dos passos.
Do desejo falando alto.
Dos ponteiros endiabrados e,
do mundo ruim que existia lá fora.
O amor tinha halo.
O ar soletrava afobado
uma velha canção.
Tempo passou, deixando-me
um terço e sandalias douradas.
Inda me lembro...
Dos seus olhos de mármore,
do tropel apressado.
Eu corria à janela...
Brilho com brilho e,
pensamentos parvos.
O rio afogava suas mágoas
nas asperezas do rito.
-Ah, meu querido...
Que dias ensolarados!