UIVOS DAS NOITES.

Noite estava alta

e profunda,

a lamparina dormitava

na escuridão sem fim,

os medos circundavam

a moribunda luz,

então, eu reunia

meus anjos em preces,

lá fora os uivos

quebravam o silêncio,

tudo

era medo e indecisões,

eu não sabia,

mas a poesia nascia

em mim,

as varias mãos da noite

me planejavam para

longas viagens,

eu, sem querer, vou

projetando para outros espaços,

sou pássaro , sou pedra,

sou um voo sem destino,

poeta menino,

que goza do dia,

para morrer em paz

na solidão das noites.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 11/06/2018
Código do texto: T6361139
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