Um dia de trabalho do homem sem-terra

O galo canta,

A dona levanta,

Vai para o fogão,

Prepara o café,

Prepara o almoço,

Hum... O cheiro encanta.

Prepara as marmitas,

Assobiando e cantando

Melodias bonitas.

Seu marido levanta,

Toma seu café,

Come um pão

Põe água no chamado “Bujão”,

Veste o traje de trabalhador,

Vai trabalhar para o patrão.

Não sabe como vai trabalhar,

Se vai aplicar veneno,

Ou se vai capinar,

É o patrão que comanda

O que ele vai realizar.

Se ele manda:

-Vai aplicar veneno!

O homem calado

Pega o instrumento,

Põe a bomba nas costas,

Pois é desse trabalho

Que compra alimentos...

Batalha em busca do seu

Pão de cada dia,

Não tem pavor,

Muito menos melancolia,

Esse pobre trabalhador

Quer o melhor para a família...

Seus filhos na escola,

Educação garantida,

Para não sofrerem o mesmo,

Desigualdade maldita!

Infelizmente é a vida

Do trabalhador sem-terra,

Trabalha o ano todo,

Para muitos és um tolo,

Mas do seu suor contribui

Garantindo alimento presente

Na mesa do povo.

Trabalho sofrido

Mas esse homem sorri,

Pois tem fé em Deus,

Ama o campo como ama a si,

Na esperança da justiça,

Que com certeza há de vir.

Esse homem ama a zona rural,

Esse homem ama trabalhar,

Mas seu maior sonho

É seu chão para plantar...

Vencido o dia,

O homem tem a façanha de tirar o boné,

Às vezes até de se ajoelhar,

Agradeço a ti meu Deus,

Por mais essa batalha conquistar...

Joilson Nascimento Junior
Enviado por Joilson Nascimento Junior em 13/06/2018
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T6362834
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