Agosto

Agosto

Ser e crer ser agonizado de saber e sentir.

Aceitar e duvidar da própria verdade

querer fugir e ficar com tudo de uma só vez.

Esfole os olhos no dia e vendaval,

e chora como uma criança pelo peito sagrado.

Tentar e precisar dizer sem saber o que é...

Meus sonhos, estes nem mais os entendo.

Suplicar os ossos a erguer e suportar o passado

bebendo as noites e continuar sedento.

O espiro contado em livros empoeirados

pelos cadeados quebrados de certos corações

de certo tempo.

Viva um agosto a mais e diga se é real,

desbota o que não tem cor aos olhos

Reluz a escuridão vadia;

Não há quem tenha piedade do que não sente.

Diante destas lindas estrelas, é uma mão branca,

que vejo me confortar,

e ela dói em silêncios absurdos...

E me conforta neste agosto,

a esta arte que lhes dei.

Camper
Enviado por Camper em 25/10/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T63629