Invasor

Eu sou o que alimenta-lhe a perversão da alma

Vê?

O olhar assustado no escurecer de tarde

O medo que sobressalta com o anúncio do anoitecer

Ouve?

O grito que ecoa em vielas sombrias, eu sou

A carne que as tuas mãos desonram

A ousadia que achas que a ti foi dada

(Mas não foi!!)

Eu sou o cálice derramado

O sangue no lençol jorrado

A Cinderela da noite que só a ti fez-se boa.

Eu sou o gozo em teu íntimo

As lágrimas que escorrem dos olhos atormentados

Sou eu o teu machismo que se desculpa

O corpo vazio que o teu estupra

Eu?!

Eu sou a pele por baixo das vestes curtas

E em sua defesa...

"Só mais uma P@*$"