A SOCIEDADE SELVAGEM

O cangaço na cidade civilizada

É o bagaço da maldade mediocrizada

E tem podridão sem foco no ser humano

E tem esporão in loco no ser mundano.

Na proximidade da morte que vai chegar

Está a atrocidade de porte que vai pegar,

Diariamente no homem da bondade ou do mal,

Mansamente no vai-e-vem da crueldade ou do sal...

Sal cortante que mata, que desmancha e corrói,

Mal marcante que pauta, que remancha e destroi,

Que fere e é ferida - que ataca e dá mordida!

Pobre odor de merda, que acontece e não finda,

Cobre a dor da perda, que entristece e não é linda,

Que fede e é fedida - que atraca e ‘tá falida!

Salvador, 01/04/2000.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 15/06/2018
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