Ode à cerveja

Fabulosa seiva molhada,

Enebriante, fria e amarga.

Companhia da madrugada,

Dos desejos e das volúpias.

Quando estranhos se beijam,

Os corpos vibram de desejo.

Os lábios úmidos por ti,

Se entregam no cio

Do átimo eterno.

Do primeiro gole vacilante,

Ao trôpego singrar insano.

Você esplêndida amante,

Do neófito e do decano.

Quando bailam as ninfas

E silva sem causa o riso,

E a procela da noite ruge.

Mortícios lábios tremem,

Delirium tremens!

Você de puro malte azedo.

Você que forja os heróis.

Você que afasta o medo.

Medo, da lenta morte atroz.

Viva! Viva! Viva... à cerveja!

À droga legal, à vela acesa.

Vela que fumega à mesa,

Àgape... de um funeral!

Kleber Versares
Enviado por Kleber Versares em 16/06/2018
Reeditado em 20/04/2023
Código do texto: T6365807
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