Vozes da ventania
Não sei me comunicar
Com diversos idiomas
Mas através do universo a minha volta
Pude me entregar à linguagem
Estampada nas palavras do coração.
Nunca fui de dirigir muitos automóveis
Ou me expressar de forma passional
E disfarçada.
Pelo simples motivo de querer ser eu mesmo
Em todas as ocasiões,
E não usar máscaras para enfeitar
Um discurso ou situação.
Por não possuir nenhum um bem relacionado
Há alguma verdade material,
Acabei por construir um castelo
De sentimentos perdidos no rosto da imensidão.
Quando preso as coisas a minha volta
Também me fiz liberdade
Ao se aventurar a seguir meus próprios instintos
E vontades.
É na perdição que encontro
As virtudes esquecidas
Nas linhas de um futuro desconhecido
Que, por ainda não se apresentar.
Alimenta-se da coragem
E dos prazeres de uma estrada iluminada.
Por querer ser fogo,
Me fiz ventania
Ao compreender que não é o que temos
Que nos torna melhores
Ou piores.
Mas o que podemos ser diante
De qualquer situação colocada
Ao nosso redor.
O importante não é absorver o muito!
E sim, suportar
O que as vozes da razão
Deixou escapar nos percursos
Da construção dos sentimentos mais simbólicos.