Vozes da ventania

Não sei me comunicar

Com diversos idiomas

Mas através do universo a minha volta

Pude me entregar à linguagem

Estampada nas palavras do coração.

Nunca fui de dirigir muitos automóveis

Ou me expressar de forma passional

E disfarçada.

Pelo simples motivo de querer ser eu mesmo

Em todas as ocasiões,

E não usar máscaras para enfeitar

Um discurso ou situação.

Por não possuir nenhum um bem relacionado

Há alguma verdade material,

Acabei por construir um castelo

De sentimentos perdidos no rosto da imensidão.

Quando preso as coisas a minha volta

Também me fiz liberdade

Ao se aventurar a seguir meus próprios instintos

E vontades.

É na perdição que encontro

As virtudes esquecidas

Nas linhas de um futuro desconhecido

Que, por ainda não se apresentar.

Alimenta-se da coragem

E dos prazeres de uma estrada iluminada.

Por querer ser fogo,

Me fiz ventania

Ao compreender que não é o que temos

Que nos torna melhores

Ou piores.

Mas o que podemos ser diante

De qualquer situação colocada

Ao nosso redor.

O importante não é absorver o muito!

E sim, suportar

O que as vozes da razão

Deixou escapar nos percursos

Da construção dos sentimentos mais simbólicos.

Hugo Paz
Enviado por Hugo Paz em 19/06/2018
Código do texto: T6368228
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