BRASIL COM Z

Na madrugada da alma,

Quando os sonhos divaga nas vagas

De outros sonhos adormecidos,

Vejo o eu de outro como barco ao longe

A jogar bola na rua,

Colecionar figuras,

Correr feito cão selvagem.

E essa imagem perdura

Nas saudades vendidas a quilo

Em vendas familiares

De sorriso e olhares

Tão espetaculares que criam

No teto do quarto visagens

De um retrato abstrato

Dentro de um sonho concreto.

Quem seria minha pátria e meu orgulho?

Mergulho entre lençóis e cobertores

Atravessando dores e raiva

Feito cão selvagem acuado

Sem poder fugir dos predadores.

Gilberto de Carvalho
Enviado por Gilberto de Carvalho em 21/06/2018
Código do texto: T6370580
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