LÚGUBRE

LÚGUBRE

O medo do amanhã

Numa qualquer manhã

Aflora sem medo

Aponta-me o dedo

Indica-me a finitude

Sem virtude

Apenas o rolar da rotina

O olhar penalizado da menina

O céu sem cores

O chão de dores

O sumiço de amores

O corpo coberto de flores

Uma oração de encomenda

Num peito sem comenda

Uma volta às essências

Sem quaisquer opulências

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/06/2018
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