QUE VOEM OS ABUTRES E FIQUEM AS GARÇAS.
Que voem os abutres,
e fiquem as garças,
repugnantes seres,
que pelas narinas
escoam ácidas
substâncias,
deploráveis miniaturas
que si dizem humanos.
Humanoides, pequenez
robotizada.
Vermes promíscuos
que corroem ilustre
pátria.
Sangra-me seus hostis
atos,
borrifam relatos,
incendeiam, odeiam,
vão comendo pele e ossos,
em várias dentadas,
a pátria é presa que estrebucha
entre unhas e dentes,
enquanto o mundo avança,
vamos nos desenhando
como eterna colonia.