Amadeirado de Sonhos

Não sou perdedora de sensos, que se amortiza
de perdas e ganhos porque lhe tiraram seus achados...
Ouço a voz poeta: se me rejubilam as flores que me mandam,
as saudades que ficaram e o sonho que nunca mais voltou...
Se me armo de douradas flechas e passo os dias
no gozo dos alpendres, no rebate do sol ameno...
Sou colibri amadeirado de sonhos, pés de flores
asas viradas às palavras de vida, ao caminho de luz...

Poema e Foto: