AOS CÉUS
E amei o podre acreditando ser límpido
Protegi, aqueci, dividi meus sonhos
Embalei teu sono, amparei seu ser
No fim, ai dor! Era tudo putrido!
Emlameada até de viço enfadonho
Que não merecia esse amor ter.
Sua beleza, sua carne e calor
Amei, viciei como um louco
Desisti de mim, perdi meu futuro
No fim restou asco e um amargor
A vontade de mudar de corpo
Dela restou sombrio escuro
Levantei os olhos aos céus, clamando!
A resposta clara como o dia que nasce :
- Filho, filho meu, não derrames pranto,
Pois estarei contigo até que a paz tu aches.