68

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Abro os olhos

Já é 68

O corpo domado pela noite

Levanta sem rumor

Desliza para a água

Que verdadeiramente o acordará

Na manhã de mais um dia

Na trajetória sob o céu

Cada instante será diferente

Mesmo na igualdade

De tudo que já passou

O espelho lhe acena bom dia

Com suas marcas e cicatrizes

E ainda sonhos e ilusões

O café coado

O leva ao passado

Lembranças retidas

Mas o liquido

Aromático e límpido

Lhe empurra para o presente

Que é muito bem vindo

Para viver um novo amanhã

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/07/2018
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