O BEM
O BEM
Dois meninos pularam uma poça de lama
a água suja neles respingou
continuaram limpinhos
a sujeira não colou
Uma multidão envenenada
todos no hospital
No exames não deu nada
nada de mal
Uma moça de fino vestido lilás
teve um galho de árvore
agarrado ao lindo tecido
nem sequer um fio puxou
do seu formoso vestido
Uma cobra um dia mordeu
o mordido sequer gemeu
o veneno virou mel doce
no Deus do corpo seu
As dores e rancores
não podem em nós dormir
Viemos ao mundo com missões
que só assim
podemos cumprir