Sufoco
Às vezes nos aficionamos a entes e não entes, seres e não seres.
Afeto gera afeto, amor gera amor, carinho gera carinho.
E todos se conjuram e congeram. Feedback positivo fisiológico.
Mas nem sempre sustentamos esse amor. Surge patologia por excesso.
Interdependências exacerbadas.
Abraço é prisão de cabo de aço.
Não há jeito, é necessário espaço.
Subitamente, o amor fica escasso.
Ainda assim, é amor. Então nunca passo?
Como redistanciar sem machucar, ou deixar de fazê-lo sem se injuriar?
Talvez se trate de conversar sem dialogar.
Sintonizar pra saber respeitar.
Harmonizar.