Só restou, o som do silêncio!

Silêncio tomou-me a alma,

Meu menestrel foi embora.

Não disse por que voou,

Fugiu do meu amor!

Vêm, me faz surpresa...

Me revela teu lado moleque.

Me sacode a estrutura,

Com esse furor,

E me despe o pudor,

Com palavras de amor!

Acaricia minha alma.

Me alivia essa dor.

Me faz sonhar de novo.

Empresta teu riso leve!

Vêm, como um bicho no cio,

Me invade com ardor.

E me embriaga com teu cheiro de flor.

Mistura tua pele na minha,

Me faz amor nestas rimas que escreves!

Usemos alinguagem dos de Verona!

Nossa guerra meu anjo é nas linhas.

Nossos combates acontecem,

Nas fronteiras da cama,

Nossas armas,

Frases picantes, libido e imaginação.

Nós amando de modo selvagem,

Amantes fogosos,vorazes.

De versos e imagens.

Criadas por nós,

Na ânsia de saciar nossos corpos,

E acalmar nossas almas!

Vêm, meu cavaleiro dos céus,

Me toma os sentidos,

Me dá guarida,

Nas linhas, de tuas poesias!

Será que já me esqueceu?

Vêm, atravessa oceanos com tua escrita,

E me canta aos ouvidos,

Suavidades poéticas!

Promessas proféticas.

De cores para colorir meu mundo,

Com a luz dos teus olhos risonhos.

Não permita meu pranto,

Não suporto o abandono.

Vêm, me diz verdades veladas,

Palavras cifradas, em letras redondas,

Que leio feliz e apaixonada!

Decifro à todas na manhã orvalhada,

Depois de uma noite de sonhos,

Entre lençóis, eu, você... nós!

Quero me erguer com o sol, Deliciada!

Vêm, me tira essa angustia do peito,

Me empresta essa boca, de dentes tão brancos,

E desce com ela, por meu colo, meu franco...

Navega em meu corpo tua nau,

Corsário, de muitos mares,

Consciente que és , de tuas viagens

Enfeitiças as ninfas, sereias, poetizas,

Dianas, Afrodites...

Mulheres maduras, mulheres crianças.

A todas encantas!

Com tua prosa, teus versos,

Meu cavaleiro das letras.

Olhando você, me invade,

Uma vontade tamanha,

De entrega total.

Energiza minha vida.

Com palavras amenas, suaves, serenas!

A felecidade me invade,

Quando lê os meus versos,

E me retorna os carinhos,

Em frases por sua pena expresas.

Minha quimera, meu poeta.

Meu menino sorridente,

Tendo nos escritos despreocupados.

A primavera como estação.

Vagas por todos os jardins,

E por vezes, esqueces de mim.

E me deixas assim

Queimando de paixão,

E vivendo na solidão!

Observadora
Enviado por Observadora em 26/10/2005
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