PROFUNDA RANHURA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
A ficha parece não cair nos dissabores
O tempo passa imperceptivelmente
Mesmo com as dores cruéis e rumores
Chagas abertas cicatrizam suavemente
II
O que brota da dor é uma linda saudade
Em outrora fez da cerne uma ferida
Putrefata como toda cruel maldade
Apostema em chaga aberta e fedida
III
Muitas perdas são irremediavelmente
Viver o agora pensando no amanhã
Amenizam as dores terrivelmente
Faz moradia lado a lado como irmã
IV
Tirar proveito mesmo dos dissabores
É um ato de aceitação e de nobreza
Leva o espírito para a fonte dos amores
Levando na bagagem toda uma riqueza
V
Tristeza passa a ser coisa de outrora
Depois dessa colheita de tanta fartura
Percebe que valeu toda a demora
Pois lacrou de vez a profunda ranhura
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
A ficha parece não cair nos dissabores
O tempo passa imperceptivelmente
Mesmo com as dores cruéis e rumores
Chagas abertas cicatrizam suavemente
II
O que brota da dor é uma linda saudade
Em outrora fez da cerne uma ferida
Putrefata como toda cruel maldade
Apostema em chaga aberta e fedida
III
Muitas perdas são irremediavelmente
Viver o agora pensando no amanhã
Amenizam as dores terrivelmente
Faz moradia lado a lado como irmã
IV
Tirar proveito mesmo dos dissabores
É um ato de aceitação e de nobreza
Leva o espírito para a fonte dos amores
Levando na bagagem toda uma riqueza
V
Tristeza passa a ser coisa de outrora
Depois dessa colheita de tanta fartura
Percebe que valeu toda a demora
Pois lacrou de vez a profunda ranhura