FOTOGRAFIA

A minha poesia nasce no silêncio,

Na solidão consciente da minha viagem solitária,

por tantas faces,partes e fases do ser incompleto que sou.

Enquanto o meu coração agradecido e engrandecido,

contempla a criação em sua imensidão,

a amplidão e a plenitude do poder divino,

Ali,não sou nada além de um papel em branco,

uma mão entregue a uma pena singular,

que me convida e incentiva,

a ser o poema universal que surge,

em minha alma,

que circula em meus sentidos,

que abre os meus olhos,

que eleva meu ser,

rumo ao mais infinito verbo,

que me são familiares.

Aceito o convite das palavras,

A caneta,a porta e as chaves,

e entro com total submissão.

Nestas inúmeras moradas,

Onde,eu sou um convidado,

o enamorado e o coletor de estrelas.

Sinto-me único e completo.

Toco sorrindo na mão de Deus,

aceito totalmente o amor e viajo em suas asas.

sou o soluço e a alegria do amor,

seus labirintos e maravilhas.

Sou qualquer canção ,

Letra,ritmo e melodia,

Sou apelos e verdades,

fraquezas humanas,e

a dura realidade.

Em grandeza e quietude,

acariciando o meu eu hospedeiro,

agradeço à dádiva,escrevo a vida

vendo nos olhos dela,

a minha própria fotografia.

Márcia Nazaré
Enviado por Márcia Nazaré em 20/07/2018
Reeditado em 12/03/2020
Código do texto: T6395125
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