POEMA SERTANEJO

Trago no suor da pele,

Nesse meu cheiro de sertão.

O gôsto pelo trabalho,

O calo vivo na mão.

Canto o canto da minha gente,

Nas corda de um violão.

Sou parte dessa gente,

Que constrói essa nação.

Cuidando e alimentando a terra,

De geração em geração.

Orando e esperando,

O brotar de cada grão.

Trabalho de sol a sol,

Sou a própria plantação.

Sou estrela nessa bandeira,

O alimento no caminhão.

Filho de um grande país,

Gigante na televisão.

Eu não tenho propaganda,

Passaporte nem avião.

Sou o verde das hortaliças,

Fauna e flora em extinção.

Eu cuido e vivo da terra,

Plantando arroz e feijão.

Meu nome é insignificante,

Até chegar a eleição.

Quando batem a minha porta,

Com propostas de inclusão.

Márcia Nazaré
Enviado por Márcia Nazaré em 20/07/2018
Reeditado em 22/07/2018
Código do texto: T6395129
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.