POEMA SERTANEJO
Trago no suor da pele,
Nesse meu cheiro de sertão.
O gôsto pelo trabalho,
O calo vivo na mão.
Canto o canto da minha gente,
Nas corda de um violão.
Sou parte dessa gente,
Que constrói essa nação.
Cuidando e alimentando a terra,
De geração em geração.
Orando e esperando,
O brotar de cada grão.
Trabalho de sol a sol,
Sou a própria plantação.
Sou estrela nessa bandeira,
O alimento no caminhão.
Filho de um grande país,
Gigante na televisão.
Eu não tenho propaganda,
Passaporte nem avião.
Sou o verde das hortaliças,
Fauna e flora em extinção.
Eu cuido e vivo da terra,
Plantando arroz e feijão.
Meu nome é insignificante,
Até chegar a eleição.
Quando batem a minha porta,
Com propostas de inclusão.