TEUS MISTÉRIOS
Que tens neste corpo que,
em meio à festa dos meus carinhos,
se transforma em calor e ninho
vertendo o mel que de ti eu sorvo?
Que és em que, pele e pelos,
peitos, suór e pulmões em arfar,
me ardem de ti, tal divina sarça
de chamas em orla nos teus cabelos?
Ah! Teu gosto e o gosto das tuas entranhas
que, invadidas de mim e de tudo de que me esvaio,
me transmutam em etéreo; eterno
amante dos teus amores, perfeito
quadro construído das tuas cores
de tudo de ti amalgamado dos teus amores!
São José, 15/04/2005, 20:25h